Impeachment

Cunha muda de ideia após jantar com Dilma e nomear Alves

Ele mudou após nomear ministro do Turismo e jantar no Alvorada

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O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mudou de ideia em relação às possibilidades de admissão de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pubicamente, ele já se havia declarado contrário a qualquer proposta com base nas investigações da Operação Lava Jato, mas em conversas reservadas com deputados do PMDB ele observou que o caso das "pedaladas fiscais" é que poderiam motivar iniciativas de destituição da chefe do Poder Executivo.

Mas, nesta quinta-feira (16), após condecorar pessoalmente Eduardo Cunha com uma medalha, no Dia do Exército, Dilma ainda o recebeu para um jantar privado na residência oficial do Palácio Alvorada. Ele compareceu ao jantar acompanhado da mulher, jornalista Claudia Cruz.

Neste sábado, dia seguinte ao jantar, Cunha afirmou no Fórum de Comandatuba, evento empresarial, o presidente da Câmara rejeitou a tese de que já existem elementos para pedir o impeachment, como pretendem os partidos de oposição. O novo governista foi enfático: "Qualquer coisa que chegar a gente vai examinar com atenção e respeito. Mas, na minha opinião, o que saiu em relação a isso foi no mandato anterior. Não vejo como possa se aplicar em responsabilidade no atual mandato". E ainda desdenhou das "pedaladas fiscais", adotando a mesma versão governista para o que crime capitulado na Lei de Responsabilidade Fiscal:

– O que vocês chamam de pedalada é a má prática de se adiar investimento para fazer superávit primário. Isso vem sendo praticado nos últimos 15 anos sem nenhuma punição. (AE)

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