Não larga o osso

Cunha diz que, investigado pelo STF, continuará a presidir Câmara

Cunha não pretende largar o cargo: 'muitos são réus por aqui'

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que não renuncia em qualquer hipótese ao comando da Casa, ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite denúncia feita contra ele pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suspeita de envolvimento no petrolão.

De acordo com o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, a denúncia contra o peemedebista pode ser analisada no fim de fevereiro pelo plenário.

“Espero que possa não ser aceita a denúncia. Existe inclusive uma discussão jurídica. Agora, não vejo problema com relação a isso. O fato de aceitar a denúncia não significa que eu sou condenado. E acredito que possa não ser aceita. Meus argumentos são muito fortes. Mas eu não vou entrar nesse mérito. Eu vou continuar em qualquer circunstância”, disse.

Na denúncia apresentada ao STF em agosto de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido US$ 5 milhões em propina de um contrato da Samsung Heavy Industries com a Petrobras.

Após denunciar o presidente da Câmara, Janot encaminhou ao Supremo pedido para que o peemedebista seja afastado do cargo de presidente e do mandato de deputado federal. Ele estaria utilizando o cargo para prejudicar as investigações tanto do Ministério Público quanto do Conselho de Ética da Câmara, onde tramita processo que pede a cassação do presidente da Casa.

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