Fazendeiro morto

CPI que teve depoente assassinado acaba em pizza

Gilmar Borges foi morto a pauladas uma semana depois de depor

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A CPI da Funai/Incra, criada para investigar irregularidades no processo de reforma agrária, não foi prorrogada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apesar de um dos depoentes da comissão ter sido assassinado logo após dar depoimento secreto implicando deputados federais.

Gilmar Borges, 78, disse à CPI que a deputada Érika Kokay (PT-DF) mantinha contato direto com integrantes do MST, responsável por invasões sucessivas em sua fazenda nos últimos anos. De acordo com o depoimento de Gilmar, a deputada foi à fazenda para tentar convencê-lo a doar parte da terra aos ex-funcionários da olaria fechada pelo fazendeiro no fim dos anos 90 e, depois da recusa, passou a ser alvo de invasões dos sem-terra, sempre obtendo a reintegração de posse por meio do Judiciário.

O fazendeiro contou que os líderes da invasão atual, que atendem pelos nomes "Jiló" e Raimundo, se reportavam à deputada e fizeram diversas ameaças, inclusive de morte

Cerca de uma semana depois do depoimento, Gilmar foi assassinado a pauladas enquanto cuidava dos animais da fazenda. Dois meses depois, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não têm nenhuma pista do(s) autor(es) e o Rodrigo Maia, responsável por prorrogar os trabalhos da CPI, não o fez, segundo Kokay, por falta de quórum no plenário para referendar a decisão.

A petista disse que não tem qualquer ingerência sobre o MST e vai cobrar da PCDF a agilidade nas investigações sobre o assassinato de Gilmar.

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