Coronel pode ter morrido de infarto, segundo peritos

Guia de Sepultamento do coronel reformado do Exército Paulo Malhães apontou que as causas de sua morte  foram edema pulmonar, isquemia de miocárdio e miocardiopatia hipertrófica. O perito criminal e médico legista Nelson Massini levantou suspeita de que o militar sofreu um infarto nesta sexta-feira (25), quando foi encontrado morto em seu sítio.

Segundo o especialista, os dados da guia indicam que o óbito não foi ocasionado por algum tipo de violência, como asfixia, uma das possibilidades investigadas pela polícia. As hipóteses levantadas são latrocínio (roubo seguido de morte), vingança pessoal ou queima de arquivo. O militar assumiu, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV) no mês passado, ter participado de torturas, mortes e desaparecimentos de presos políticos.

O corpo do coronel chegou ao cemitério municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por volta de meio-dia. No local, além de familiares, amigos e vizinhos acompanham o velório. Em depoimento à Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, a mulher do militar, Cristina Batista Malhães, e o caseiro Rogério disseram ter encontrado três homens dentro do sítio em Nova Iguaçu na quinta-feira. Um estava encapuzado e rendeu Cristina, outro imobilizou o caseiro e o terceiro levou Malhães para um quarto.

A polícia calcula que Malhães morreu por volta das 16h ? duas horas depois da rendição. Há marcas em seu rosto e pescoço, o que levou a Polícia Civil a investigar que ele poderia ter sido morto por asfixia. Foram roubados do sítio um computador, uma impressora e pelo menos três armas antigas ? uma de cano longo e duas de cano curto.