COP 20 segue em busca de soluções para o fim do efeito estufa
Segundo o Greenpeace Brasil, o país é o sexto maior emissor de gases de efeito estufa e tendo papel fundamental nas discussões
A cidade de Lima, no Peru, está sediando a COP 20, a Conferência Climática das Nações Unidas que termina nesta sexta-feira (12). O evento reúne diplomatas e cientistas, de diversas regiões do mundo, com a missão de chegar a um acordo multilateral que obrigue os países a cortar a emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, e deve ser assinado em 2015 na COP 21, em Paris.
Os representantes de mais de 190 nações articulam a criação de um documento para substituir o Protocolo de Kyoto, criado em 1997, é considerado ineficaz para conter as mudanças climáticas, já que exclui os Estados Unidos, um dos maiores emissores históricos de gases.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-Moon, durante seu discuso de abertura, pediu que todos os países, ricos e em desenvolvimento, se apressem para apresentar metas de redução de gases-estufa e planos voltados para adaptação as mudanças climáticas, ?a janela de oportunidade está se fechando rapidamente e todos os países têm que fazer parte dessa questão. Temos que agir já. Não é um momento de dúvidas, mas de transformação?. Afirmou.
O Brasil deve entregar suas metas depois do prazo previsto, fim de março de 2015. O governo alega que ainda estão sendo feitas consultas à sociedade civil e aos diversos setores da economia sobre os cortes de emissões pós-2020.
Segundo o Greenpeace Brasil, o país é o sexto maior emissor global de gases de efeito estufa e tem um papel fundamental nas discussões, ?o país tem que se comprometer em reduzir suas emissões. No setor de energia, por exemplo, temos que voltar os investimentos para novas renováveis como solar e eólica. Precisamos diversificar e descentralizar nossa matriz, além de acabar definitivamente com o desmatamento em nosso país?, afirma Márcio Astrini, coordenador de políticas públicas.
O Greenpeace Brasil está acompanhando o evento em Lima e alerta para a necessidade de mais discussões para se chegar a um consenso sobre como conter as mudanças climáticas e seus impactos. Astrini ressalta, ?Debate-se qual o melhor termo ou palavra para entrar nos textos, ou quem tem mais ou menos culpa, enquanto as flores vão sendo derrubadas, aumentando a concentração de gases de efeito estufa e levando devastação e morte à biodiversidade e às pessoas que delas dependem para viver?.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, já embarcou para Lima e vai representar o Brasil na COP 20 até o término da conferência.