Rebeldes sem causa

Confusão com 'black baderneiros bloc' continua na sede do governo do Rio

Dia da Independência termina com confrontos, excessos, feridos e presos

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Manifestantes formados em sua maioria por integrantes do Black Bloc entraram em confronto com policiais militares em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Eles tentaram se aproximar do prédio, mas foram repelidos com bombas de gás atiradas pelo Batalhão de Choque da PM.

Os manifestantes fugiram, mas se reagruparam momentos depois na Rua das Laranjeiras, aguardando a chegada de mais integrantes. O grupo tentou forçar a passagem em direção ao palácio, mas foi impedido por um cordão de isolamento de policiais militares.

Mais cedo, os manifestantes haviam participado de protestos durante o desfile do 7 de Setembro, na Avenida Presidente Vargas, quando chegaram a interromper a parada militar e foram reprimidos pela polícia.

Em Brasília,  as manifestações foram marcadas por confrontos entre participantes e o forte esquema de segurança montado pelo governo do Distrito Federal em torno do Estádio Nacional Mané Garrincha, onde as seleções do Brasil e da Austrália disputaram amistoso. Para não deixar os manifestantes se aproximarem do estádio, soldados da Tropa de Choque da Polícia Militar utilizaram bombas de efeito moral, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e bala de borracha.

Os manifestantes, por sua vez, se dividiram em grupos para tentar burlar o esquema de segurança. Ocorreram confrontos nas proximidades de dois shoppings centers e na rodoviária da cidade, na região central do Plano Piloto. Pelo menos 30 pessoas foram detidas pelos policiais. Jornalistas também foram atingidos durante os confrontos no centro da capital.

No Setor Hoteleiro Sul, nas proximidades do Hotel Planalto Bittar, policiais da Tropa de Choque agrediram as pessoas que passavam pelo local. Após a reclamação de um manifestante contra a postura adotada, um policial disparou uma bomba de gás lacrimogêneo contra a cabeça dele.

Os manifestantes protestavam contra a falta de transparência e os gastos excessivos com as obras da Copa do Mundo. “Algumas pessoas falam que as obras vão ficar para a população, mas, os mais de R$ 2 bilhões gastos no estádio não serviram para a população pobre da periferia, que sofre com a falta de escolas e de saúde?, disse o integrante do movimento Levante Popular, Francis Rocha.

O integrante do Movimento Copa para Quem?, Vinícios Lobão, destacou que para as obras preparatórias nas cidades sedes da Copa do Mundo, ocorreram ?mais de 250 mil remoções e as pessoas que foram removidas não estão sendo realocadas em lugares adequados”.

Quando a manifestação chegou perto do estádio, a polícia começou a atirar balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra os manifestantes. Houve correria. Um grupo se dirigiu para o Setor Hoteleiro Sul e outra parte foi em direção a rodoviária.

EBC

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