Tumulto no 7 de setembro

Confrontos mancham desfiles cívicos em todo o país

Polícia Militar age contra manifestantes em várias capitais do Brasil

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Os confrontos em várias cidades do Brasil marcam as comemorações da Independência no 7 de Setembro. No centro do poder, no gramado do Congresso Nacional, a polícia militar controla neste momento, 11h, os manifestantes que tentam invadir o espelho d’água. Estimativas da polícia é de que mil pessoas já estão em frente ao Congresso. No Rio, oito pessoas foram detidas após tumulto. Em Maceió, o desfie acabou suspenso por causa dos protestos.

Na capital federal, policiais e manifestantes se desentendem depois que alguns cidadãos tentaram entrar no espelho d’água do Congresso. O clima é tenso na Esplanada dos Ministério e a polícia usa sprays de pimenta nos manifestantes. Os protestos, no entanto, não interromperam os desfiles cívicos, que correram com segurança e sem imprevistos. A presidente Dilma Rousseff conseguiu cumprir todos os ritos e desfilar em carro aberto nas vias largas de Brasília.

No Rio de Janeiro, a confusão entre manifestantes do Black Bloc e a tropa de choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro causou pânico nas famílias que assistiam ao desfile da Independência na Avenida Presidente Vargas. Protestantes de cara coberta furaram a cerca de proteção próxima ao Campo de Santana, no centro, e entraram na via do desfile.

Famílias dispersaram quando a tropa de choque começou a usar gás lacrimogêneo. Muitos pais com crianças procuraram abrigo na entrada do Hospital Souza Aguiar, devido às bombas de gás atiradas pelos militares. Os manifestantes faziam batuques e gritavam contra o governo. Um bloqueio os impediu de ter acesso à Presidente Vargas. No trajeto, uma agência bancária na Rua Visconde do Rio Branco teve a vidraça quebrada. Com a ação da polícia, manifestantes correram em fuga por ruas do Rio de Janeiro.

Oito pessoas foram detidas e há pelo menos cinco manifestantes feridos. O número de pessoas que adere às manifestações cresce a cada momento. Algumas pessoas tentaram invadir o quartel desativado do 13º Batalhão da Polícia Militar. Uma bomba caseira foi atirada por um dos manifestantes contra a entrada do quartel e policiais militares que acompanham a manifestação jogaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que conta com mais de 100 pessoas, de acordo com a PM.

Uma agência do Banco Itaú teve os vidros estilhaçados por pedras atiradas pelos manifestantes. Muitos deles estão com os rostos cobertos, outros usam bonés com óculos escuros e alguns estão com os rostos pintados e usando bandeiras com as hastes feitas de pedaços de pau. Segundo informações da Agência Brasil, Hugo Andrade Fontes ficou ferido na perna, por um teaser e foi levado ao hospital municipal, para depois seguir para a delegacia.

Homens do Regimento de Polícia Montada da PM estão fazendo um cordão de isolamento na Avenida Visconde do Rio Branco, perto do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, para evitar que os manifestantes retornem à Avenida Presidente Vargas.

Outro grupo ? de cerca de 50 manifestantes ? está tentando passar pelo cordão de isolamento feito pela Polícia Militar e seguir para se juntar ao outro grupo que participa do protesto na Avenida Presidente Vargas. Dezenas de manifestantes se concentram também na Rua Uruguaiana, levando faixas.

Em Maceió, o desfile teve de ser suspenso depois que manifestantes tentaram invadir a pista. O público conseguiu assistir a apenas uma hora das comemorações do 7 de Setembro.

Manifestantes ironizam ao levar a Papuda móvel à Esplanada, em Brasília

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