CPI da Petrobras

Começa audiência para ouvir empresários e policiais

Outros dois convocados alegaram licença e não vão comparecer

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Começou há pouco a audiência pública da CPI da Petrobras convocada para ouvir os depoimentos de cinco pessoas: dois empresários do setor petroquímico e três policiais federais. Os policiais federais são os delegados Mário Fanton e Rivaldo Venâncio e o agente José Eraldo de Araújo.

Outros dois convocados, o delegado Renato Herrera e a agente Maria Inês Slussarek, alegaram estar de licença e não vão comparecer.

Os policiais estão envolvidos em um caso investigado sob sigilo pela Polícia Federal: a descoberta de um aparelho de escuta na cela do doleiro Alberto Youssef em Curitiba, no Paraná.

O delegado Fanton aponta irregularidades nas escutas obtidas pela Polícia Federal, que teriam sido instaladas pelo agente Dalmey Werlang, ouvido em julho pela CPI da Petrobras, junto com outro delegado, José Alberto Iegas. Os depoimentos deles são sigilosos.

Werlang e o delegado Fanton foram denunciados por calúnia pelo Ministério Público, acusados de divulgar a informação de que o grampo era ilegal para tentar anular as provas obtidas pela Operação Lava Jato. Os demais policiais participam das investigações da Operação Lava Jato.

Também foram convocados os empresários David e Daniel Feffer, ex-controladores da empresa Suzano Petroquímica, comprada pela Petrobras em 2007.

Os empresários foram convocados a pedido do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), para explicar o negócio. Segundo investigações da Operação Lava Jato, a petroquímica foi adquirida por duas vezes o valor de mercado da empresa.

David e Daniel Feffer comparecem à CPI amparados por um habeas corpus concedido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que dá a eles o direito de não responder as perguntas.

Em depoimento à CPI, o empresário Auro Gorentzvaig disse que a compra da Suzano pela Petrobras foi feita para beneficiar a Odebrecht, controladora da Braskem, uma empresa que tinha como sócia minoritária a própria Petrobras.

Gorentzvaig era dono da petroquímica Triunfo e se disse prejudicado com a operação. (Agência Câmara)

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