Collor vê instituições fortes, contra momento de extrema gravidade
Ex-presidente aponta constituição como guia para democracia
Alvo do primeiro impeachment após a redemocratização do Brasil, o ex-presidente da República e senador Fernando Collor de Mello (PC-AL) classificou como de “extrema gravidade institucional” o contexto atual do país desde as revelações que resultaram na abertura de inquérito criminal no Supremo Tribunal Federal (STF), contra o presidente Michel Temer (PMDB), nesta quinta-feira (18). Para Collor, as instituições devem encontrar saídas.
O alagoano que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado disse acreditar que país, os brasileiros, as instituições e o Congresso Nacional são suficientemente fortes para encontrar uma saída que leve a um momento de paz, diante das incertezas políticas, econômicas e institucionais apresentadas para o Brasil, a partir das acusações de que Temer tentou silenciar o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-SP), para que este não delatasse esquemas investigados pela Operação Lava Jato.
Através de sua assessoria, o ex-presidente que também é alvo da Lava Jato considerou fundamental que haja bom senso diante de tudo que o ocorre, neste momento de crise. A declaração foi reproduzida resumidamente em suas redes sociais e o senador também publicou a imagem da Constituição Federal com a seguinte frase: “Guia permanente da consciência democrática nacional”.
“O momento é de extrema gravidade institucional e nós temos que confiar no bom senso, na temperança e na capacidade de construir saídas para um momento pelo que, ao menos lembre, não tenho registro de nada parecido. Mas, o Brasil é forte, e as nossas instituições são sólidas o suficientes, e as duas Casas são responsáveis o suficiente para que nós possamos encontrar saídas”, expôs o senador.
A retomada da pacificação do momento deve ser liderada pelas instituições, que devem encontrar uma saída para essa crise, segundo Collor. “É importante que haja essa situação para que nós possamos encontrar o nível de crescimento e igualdade social que desejamos”, concluiu Collor.