Justiça

CNJ apura legalidade de acordo feito entre tribunais e empresa dos Estados Unidos

O pedido foi feito pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Mato Grosso

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou um Procedimento de Controle Administrativo (PCA) para verificar se o acordo feito entre tribunais brasileiros e uma instituição dos Estados Unidos, a Family Search International, é, de fato, legal. A empresa, que não tem fins lucrativos, foi a escolhida para digitalização das informações dos cartórios de registro civil.

O pedido foi feito pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Mato Grosso, após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) firmar ?acordo de digitalização? com a entidade, abrangendo os registros de nascimento até 1930, de casamento até 1950, e de óbito ?até os dias atuais?. O órgão fez duas exigências para liberar os serviços: a autorização dos registradores e que não houvesse publicidade das informações obtidas. Porém, a empresa respondeu que seu objetivo ?é prover o acesso a registros de interesse genealógico? e, por isso, precisaria publicar as informações para cobrir os custos de digitalização.

Segundo a corregedoria, a digitalização já foi feita em 15 estados, sem qualquer custo para os tribunais nem para os cartórios. Mas, antes quer ter o respaldo jurídico CNJ sobre a situação antes de liberar a empresa para atuar no estado. Por isso, o conselheiro Rubens Curado, propôs a abertura de PCA para análise da legalidade do ato.

A embaixada dos Estados Unidos informou ao CNJ que a Family Search International faz parte da Family Search, sediada em Salt Lake City e financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. ?Nos Estados Unidos da América, as funções da empresa incluem coletar e digitalizar os recordes genealógicos, conquanto ela oferece cursos gratuitos sobre a pesquisa genealógica. A empresa tem muita experiência em coletar informações em várias partes do mundo?, explicou o órgão.

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