Operação São Cristóvão

Clésio Andrade se apresenta para prestar depoimento à polícia

Ele se apresentou à polícia no início da tarde desta sexta-feira

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O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), ex-senador Clésio Andrade, apresentou-se agora à tarde à Polícia Civil do Distrito Federal em cumprimento de mandato para prestar depoimento na Operação São Cristõvão, que investiga  organização criminosa suspeita de atuar na direção do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizado do Transporte). Apesar disso, não é ele, e sim uma dirigente da CNT, Maria Tereza da Costa Pantoja, x-diretora-geral do Sest/Senat, a principal suspeita do desvio de recursos.

A operação policial cumpriu na manhã desta sexta-feira quatro mandados de prisão temporária, 19 de condução coercitiva, e 21 de busca e apreensão. Falta cumprir mais um mandado de prisão e cinco de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para delegacia apenas para prestar depoimento e solta em seguida), entre eles está Clésio Andrade. Por enquanto, já foi realizado um mandado de busca e apreensão na casa do ex-senador, em Belo Horizonte.

Segundo a polícia, a quadrilha atuava há pelo menos sete anos. Pelas investigações, os dirigentes do Sest/Senat se apropriavam de recursos indevidos, que eram justificados por meio de gratificações. Além disso, parte dos desvios se deu por meio de prestadores de serviços de fachada, em geral parentes ou sócios dos dirigentes do Sest/Senat. São investigadas entre 25 e 30 pessoas.

Em Brasília, foram presas temporariamente a ex-diretora-geral do Sest/Senat Maria Tereza Pantoja, a coordenadora de Contabilidade, Jardel Soares, a coordenadora de Administração, Nilmara Chaves, e a assessora especial, Anamary Socha. O patrimônio atual das quatro presas gira em torno de R$ 35 milhões. Um total de 16 carros, dois cofres e dinheiro foram apreendidos.

De acordo com o delegado de Repressão ao Crime Organizado (Deco) da Polícia Civil do DF, Fábio Santos de Souza, a suspeita sobre o esquema foi levantada quando o ex-senador enviou à polícia explicações sobre o pagamento de gratificações a servidores do órgão. Souza afirmou que há indícios de que o documento seja fraudado. “Temos informações de que esse ato normativo que define isso (as gratificações) foi fraudado pra tentar justificar o pagamento”, disse o delegado.

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