"Marginalzinho do poste"

Circula na internet petição em apoio a Rachel Sheherazade

Ideia dos apoiadores é combater a "ditadura do discurso"

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Circula na internet uma petição pública em apoio a jornalista Rachel Sheherazade, apresentadora do telejornal SBT Brasil, que estaria ?sendo perseguida por seus comentários durante o programa?. O documento já conta com 35.014 assinaturas e o movimento espera conseguir 50.000. A ideia é enviar a petição ao SBT, pedindo para que mantenha a profissional no ar e amplie o tempo de seus comentários. ?Deve haver em nosso país um ambiente em que, na imprensa, na academia ou em qualquer outro contexto, os profissionais das diversas áreas possam manter debates honestos, nos quais cada lado possa sustentar seus princípios e opiniões sem medo de ser patrulhado?, apela a petição. ?A presença de Rachel Sheherazade no SBT Brasil, ainda que alguém não concorde com todos os seus posicionamentos, contribui para a manutenção da ordem democrática em nosso país, a qual, infelizmente, tem sofrido ataques cada vez mais graves pela esquerda autoritária no poder?, completa.

Rachel é acusada de incitação à violência após dar uma declaração polêmica na última terça-feira (4), quando comentou a prisão de um adolescente acusado de praticar roubos e furtos no Rio de Janeiro, que foi pego por três moradores locais, espancado e depois amarrado com uma trava de bicicleta sem roupa em um poste. Além de agredirem o garoto, os moradores ainda filmaram a cena e divulgaram nas redes sociais da internet.

Assim que a notícia foi ao ar no jornal do SBT, a apresentadora chamou o garoto de ?marginalzinho do poste? e disse que ele ?era tão inocente que, ao invés de prestar queixa contra seus agressores, preferiu fugir antes que ele mesmo acabasse preso?. ?É que a ficha do sujeito está mais suja do que pau de galinheiro?, disse a apresentadora. ?No país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes, que arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível?, afirmou. ?O que resta ao cidadão de bem que, ainda por cima, foi desarmado? Se defender, é claro?, concluiu, defendendo os agressores.

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