Ditadura

Cinco militares são denunciados por morte de Rubens Paiva

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O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou cinco militares reformados do Exército por homicídio e ocultação de cadáver do deputado Rubens Paiva, em janeiro de 1971. O MPF também denunciou os cinco suspeitos por associação criminosa armada, e três deles por fraude processual. Rubens Paiva foi morto dentre das dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI).

Documentos encontrados na casa do coronel torturador Paulo Malhães, morto no mês passado, serviram como prova para a denúncia do MPF.O material contém informações a respeito da morte do deputado e sobre o suposto envolvimento dos cinco militares.

O ex-comandante do DOI José Antônio Nogueita Belham e o ex-integrante do CIE (Centro de Informações do Exército) coronel Rubens Paim Sampaio vão responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa armada. Se condenados, a pena pode chegar a 37 anos e seis meses de prisão, informou o MPF. Já o coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos e os militares Jurandyr Ochsendorf e Souza e Jacy Ochsendorf e Souza foram denunciados pelos crimes de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa armada. As penas para os três podem superar dez anos de prisão.

O Ministério Público ainda pediu que os denunciados tenham as aposentadorias cassadas e que os órgãos militares sejam “oficiados para despi-los das medalhas e condecorações obtidas ao longo da carreira”.

 

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