Falcatruas

CGU vê irregularidades em 53% do auxílio-doença

Auditoria revela pagamentos dobrados e documentação irregular

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Auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desembolsou R$ 21 bilhões no ano passado para pagar o auxílio-doença.

Esse benefício só deveria ser dado a quem se acidentou ou ficou doente e não pode trabalhar por mais de 15 dias seguidos. No entanto, segundo o relatório, o governo o concede sem ter certeza que os beneficiários estão incapacitados para o trabalho.

Foram analisados 9.461 laudos periciais médicos selecionados de forma aleatória de um universo de 826.183 benefícios pagos. Desses laudos, 53% não possuíam elementos mínimos para atestar a incapacidade. Em alguns casos, segundo a CGU, não estava preenchida a ocupação do segurado nem a data do início do problema médico. 

A Controladoria também fez um cruzamento de dados das folhas de fevereiro e setembro de 2012 e identificou 24.503 casos com indícios de irregularidades, seja por acúmulo de benefícios ou pagamentos depois da morte do segurado.

A CGU concluiu ainda que os peritos e os supervisores médicos periciais faltam ou saem mais cedo sem justificativas em pelo menos 250 agências. E, em pelo menos 822 agências – mais da metade das unidades da Previdência Social, os procedimentos de verificação da documentação não foram executados conforme as normas. 

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