Petrolão

CGU mantém cálculo inferior de prejuízo por Pasadena

Tribunal de Contas da União questionou CGU, que apontou perdas de US$ 659 milhões à Petrobras pela compra da refinaria, valor inferior ao calculado pelo órgão

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Em resposta encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU) nessa quinta-feira, 8, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, decidiu manter os cálculos apresentados pelo órgão de controle referentes ao prejuízo ocorrido à Petrobrás pela compra da refinaria de Pasadena, Texas (EUA). Nos cálculos da controladoria as perdas foram de US$ 659 milhões, inferior aos US$ 792 milhões nas contas do tribunal.

Um oficio também foi encaminhado à estatal pela CGU, reforçando que todas as medidas devem ser adotadas com vistas ao ressarcimento do prejuízo, considerando os valores indicados tanto pela Controladoria quanto pelo Tribunal de Contas.

No último dia 16 de dezembro, a CGU divulgou resultado da auditoria relativa à compra da refinaria de Pasadena que apontou um valor superior ao considerado “justo” de US$ 659,4 milhões. A compra da refinaria foi feita em duas fases: os primeiros 50%, em 2006, e os 50% remanescentes, em 2008. Após a publicação do relatório, o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, cobrou da CGU informações sobre como o órgão de controle chegou ao valor do prejuízo, uma vez que a auditoria julgada pelo tribunal em julho do ano passado apontou que o montante seria de US$ 792 milhões.

“É importante esclarecer que os processos de auditoria da CGU e do TCU são levantamentos que apontam potenciais prejuízos, e não valores finais a serem ressarcidos. Isso porque os valores ainda serão submetidos ao contraditório e à ampla defesa, momento em que os responsáveis irão apresentar seus argumentos”, justificou a CGU em resposta ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

“De toda forma, a CGU esclarece que a diferença levantada por sua auditoria em relação ao apontado pelo TCU se deve, em parte, pela diferença de escopo entre os itens analisados pelos dois órgãos e também pelo fato de que algumas justificativas da Petrobrás foram consideradas pela CGU e podem não ter sido consideradas pelo TCU”, diz outro trecho da nota.

Integrantes da CGU ressaltaram ainda que a auditoria da controladoria não invalida o trabalho do tribunal. (Erich Decat/AE)

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