Leniência = indecência

CGU diz à CPI que negocia com a SBM Offshore 'acordo de leniência'

Mais uma empresa enrolada pode escapar em 'acordo de leinência'

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O ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, disse há pouco na CPI da Petrobras que a empresa SBM Offshore manifestou interesse em fazer um acordo de leniência, mas que o processo ainda está em fase de negociação com o Ministério Público Federal. “Está claro as práticas de atos lesivos contra a Petrobras. Não havendo acordo, vamos punir a empresa”, disse.

Em depoimento à CPI em Londres, o ex-diretor da SBM Offshore Jonathan Taylor Taylor, afirmou que a empresa pagou mais de 92 milhões de dólares em propina em troca de contratos com a estatal entre 2003 e 2011. Valdir Simão explicou que a CGU não utilizou os documentos apresentados por Taylor porque, havia suspeitas de que os arquivos e gravações tivessem sido obtidos de forma ilícita, o que poderia invalidar as apurações.

O deputado Altineu Cortes (PR-RJ) questionou se a CGU verifica se as empresas denunciadas na Lava Jato estão envolvidas em irregularidades em outras áreas, como a construção de hidrelétricas e do submarino nuclear. O ministro garantiu que o órgão tem trabalhado na responsabilização efetiva das empresas envolvidas em casos de corrupção no País. “Temos que diminuir a oportunidade daquele que quer cometer um ato de corrupção. E a Controladoria tem se esforçado para atuar previamente”, disse. Apesar disso, o CGU ainda defende o tal “acordo de leniência”.

Sobre o cronograma para a efetivação dos acordos, Valdir Simão afirmou que não tem como estabelecer prazos, porque cada processo tem um rito e um procedimento específico. O depoimento continua na Câmara dos Deputados. (com informações da Agência Câmara)

 

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