Censura e multas à imprensa foram autorizadas pela rainha
Imprensa poderá sofrer sanções se não obedecer regras estipuladas
O Privy Council, conselho formado para auxiliar a rainha da Inglaterra, aprovou a utilização de um ?Royal Charter? para censurar e multar a imprensa no Reino Unido. O Royal Charter funciona como um decreto real delegando poderes a uma pessoa ou instituição para realizar uma tarefa de interesse da nação. Nesse caso, a ideia é criar um sistema de regras para as publicações e uma espécie de editor geral da imprensa.
Editores dos jornais afirmam que as alternativas apresentadas não foram devidamente levadas em consideração, mas os juízes da Corte de Apelações recusaram uma intervenção junto ao Privy Council. Em comunicado conjunto, diversos veículos de imprensa afirmam que lhes foi ?negado o direito de discutir o caso adequadamente? e consideram a decisão do Privy Council como ?injusta e ilegal?.
A secretária de Cultura, Maria Miller, tentou apaziguar os ânimos dizendo que os jornais terão liberdade para decidir se aderem ou não ao Royal Charter. Para ela, o principal é a discussão sobre o assunto. ?A coisa mais importante que acontece agora é a imprensa levar adiante sua própria estrutura reguladora?, disse em entrevista a BBC.