Cenário político

Evangélicos e católicos não votariam em Arruda, diz pesquisa do Ibope

Público religioso assume não votar em candidato envolvido na Caixa de Pandora

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Wilson Dias ABr

No que depender do público religioso, o ex-governador José Roberto Arruda (ainda sem partido) ? preso pelo escândalo Caixa de Pandora durante investigação da Polícia Federal ? não voltará a ocupar a principal cadeira do Palácio do Buriti. Uma pesquisa Ibope encomendada pela Executiva Nacional do Partido da República aponta que 70% dos católicos não votariam em nenhum candidato envolvido nos crimes revelados pela operação da PF.

Se já está ruim entre católicos, a pesquisa mostra que a situação pode piorar entre os evangélicos: 74% disseram não eleger candidatos que compactuaram com a Caixa de Pandora. No Distrito Federal, segundo os últimos dados da Codeplan, de 2009, há um universo de 1,2 milhão de católitos e cerca de 950 mil evangélicos.

Mas a pergunta mais interessante da pesquisa ainda está por vir. Questionados se sabiam do que se tratava o esquema de corrupção denominado Caixa de Pandora, 94% dos entrevistados afirmaram-se bem entendidos sobre o assunto que veio à tona em 2009, quando o então governador Arruda apareceu em um vídeo recebendo um maço de dinheiro do delator do esquema, Durval Barbosa. À época, Arruda alegou que o dinheiro era uma ?colaboração? recebida para financiar ações sociais, entre as quais a compra de panetones e brinquedos. Não colou. Arruda acabou preso durante as investigações e responde a processo na Justiça.

 

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