Carreiras de Estado: pacote tem erros de tabuada
Aposentadoria em massa e ocupação das vagas abertas custarão bem mais caro
O pacote anunciado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), além de insuficiente para reduzir o rombo nas contas públicas agravado pelos gastos do governo Lula (PT), contém erros elementares de tabuada. A PEC 45, que pretende limitar vencimentos nas carreiras de Estado, como magistratura e ministério público, custará mais caro aos cofres públicos, segundo advertiu em nota o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Antonio Torres Garcia, que, este sim, fez as contas. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A expectativa é que, se aprovada, a medida provocará aposentadoria em massa. Só o TJSP, o maior do País, perderá 546 dos 2.647 magistrados.
O desembargador Fernando Antonio Torres Garcia estima que custará bem mais aos cofres públicos a reposição de magistrados, após o êxodo.
O TJSP necessitará fazer concursos por uns 20 anos, ao custo anual de R$250 milhões. Sem contar salários de quem chega e aposentadorias.