Pedido pessoal

Camargo recua e acusa Cunha de pedir US$ 5 milhões de propina

Ele diz que presidente da Câma pediu US$ 5 milhões de propina

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O lobista Júlio Camargo, que atuou junto a Toyo Setal e Camargo Corrêa, agora delator na operação Lava Jato, acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de pressioná-lo a pagar US$ 10 milhões em propina para garantir contrato com a Petrobras. Cunha teria pedido US$ 5 milhões pessoalmente. Em depoimento anterior, ele disse que não se lembrava de haver conversado pessoalmente com o presidente da Câmara.

Cunha divulgou nota repudiando as acusações de Camargo e afirmando que a versão sobre o relacionamento dos dois mudou após ameaças atribuídas ao procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, sob pena de anulação da delação premiada.

O presidente da Câmara também disse ter estranhado que Janot tenha conseguido "obrigar o delator a mentir" às vésperas da eleição para PGR e de pronunciamento do próprio Cunha em rede nacional. Confira abaixo a íntegra da nota.

NOTA À IMPRENSA

Com relação à suposta nova versão atribuída ao delator Júlio Camargo, tenho a esclarecer o que se segue:

1- O delator já fez vários depoimentos, onde não havia confirmado qualquer fato referente a mim, sendo certo ao menos quatro depoimentos.

2- Após ameaças publicadas em órgãos da imprensa, atribuídas ao Procurados Geral da República, de anular a sua delação caso não mudasse a versão sobre mim, meus advogados protocolaram petição no STF alertando sobre isso.

3- Desminto com veemência as mentiras do delator e o desafio a prová-las.

4- É muito estranho, às vésperas da eleição do Procurador Geral da República e às vésperas de pronunciamento meu em rede nacional, que as ameaças ao delator tenham conseguido o efeito desejado pelo Procurador Geral da República, ou seja, obrigar o delator a mentir.

Deputado Eduardo Cunha
Presidente da Câmara dos Deputados

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