Manobra

Câmara tenta votar urgência para acelerar tramitação da reforma trabalhista

Entre as medidas previstas está a validação dos acordos coletivos

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Os deputados federais debatem neste momento requerimento de urgência para o projeto da reforma trabalhista. A proposta divide opiniões no Plenário da Câmara.

Se aprovado o regime de urgência, serão dispensados os prazos de vista (duas sessões) e para apresentação de emendas ao substitutivo (cinco sessões) do relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).

O relatório permite a prevalência dos acordos entre patrões e empregados sobre a lei como regra geral. O texto lista 16 temas para exemplificar esse ponto, como banco de horas, parcelamento de férias e plano de cargos e salários.

O substitutivo também permite o trabalho intermitente, ou seja, com grandes intervalos dentro da jornada, e regulamenta o teletrabalho, possibilitando que o empregado preste serviços da sua casa ou mesmo viajando, via internet ou redes privadas.

Marinho defendeu a medida em plenário: “Temos um marco de 1943 e agora vemos a oportunidade de colocar a lei no espírito do seu tempo”, disse.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou a votação. “O presidente Temer tenta desviar o foco do escândalo da Odebrecht para uma pauta supostamente positiva. Quer fingir que está tudo bem. E os trabalhadores vão perder direitos”, afirmou.

Quem também criticou a medida foi o deputado Afonso Motta (PDT-RS). “Essa urgência fere os princípios do bom debate, especialmente em uma matéria desta relevância”, declarou.

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