50 anos do golpe

Câmara relembra golpe militar em sessão tumultuada

A sessão foi encerrada após confusão tomar conta do Plenário

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Faixa Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados realiza uma série de eventos para relembrar os 50 anos do golpe militar. Às 9h30 começou uma sessão solene, a pedido da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), no Plenário da Casa  e teve a presença a presença da viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Goulart. Os deputados querem lembrar a luta pela volta da democracia e a resistência contra a ditadura.

A sessão já foi interrompida por duas vezes. Na primeira delas, duas pessoas estenderam uma faixa com a mensagem ?Graças a vocês o Brasil não é Cuba?, houve início de tumulto no plenário e a faixa foi recolhida por seguranças da Câmara, acatando determinação da Mesa. A confusão se agravou quando participantes da sessão solene arrancaram um cartaz das mãos de Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Esposas de Militares. O cartaz estampava as frases ?Fora corruptos, comunismo aqui não? e ?Feliz a Nação cujo Deus é o Senhor?. Chorando muito, Ivone criticou um clima de ?revanchismo? no País.

A segunda interrupção aconteceu durante o discurso de Jair Bolsonaro (PP-RJ). Durante sua fala, deputados e convidados viraram de costas para o parlamentar. Bolsonaro elogiou o golpe e diz que não se importaria de falar com os deputados virados de costas.

O deputado Amir Lando (PMDB-RO), presidente da sessão, afirmou que a postura era proibida pelo Regimento da Casa e pediu que quem não quisesse ouvir o discurso se retirasse, mas diversos manifestantes não concordaram, permaneceram no Plenário e cantaram o Hino Nacional. A sessão foi encerrada.

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