cobaias científicas

Câmara vai investigar se cães de fato sofriam maus-tratos

Alguns cães retirados do laboratório foram abandonados nas ruas

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A Câmara dos Deputados vai instalar uma comissão especial nesta terça-feira (22) para investigar as denúncias de maus-tratos contra animais supostamente praticados pelo Instituto Royal. O laboratório da empresa foi invadido por um grupo de defensores dos animais, na última sexta-feira (18), que libertaram 178 cães da raça beagle, além de outras cobaias científicas.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, decidiu criar a comissão após ouvir o relato do deputado Delegado Protógenes, do PCdoB de São Paulo, que visitou a empresa de pesquisa em São Roque, no interior de São Paulo. “Eu fiquei chocado. Fezes de animais espalhadas, recipientes com água verde. Cheirava muito mal, a ponto de eu até me sentir mal, dando conta de que aquilo estava muito longe de pesquisa científica?, disse Protógenes. Para o deputado, deve haver uma investigação se houve maus-tratos a animais para a realização de pesquisa, já que o laboratório recebe verbas do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Por outro lado, há denúncias de que alguns cães retirados do laboratório foram abandonados nas ruas. As primeiras invstigações das autoridades não apontaram qualquer irregularidade no laboratório, que funciona segundo as lei e sob autorização governamental.

O deputado Ricardo Tripoli, do PSDB de São Paulo, que é coordenador de Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, adotou dois beagles encontrados nas ruas próximas da delegacia onde a invasão foi registrada. Tripoli afirmou que as entidades de defesa já haviam tentado, sem sucesso,negociar a libertação dos animais. “Nós estamos assistindo a barbáries contra os animais em todos os cantos do País. E hoje a pena máxima são três meses de detenção a um ano, podendo ser convertido em penas acessórias, o que, na verdade, não repõe jamais o que é feito contra os animais?, afirmou Tripoli.

 

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