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Cabral pede arrego

Governador do Rio pede 'como pai' o fim de protestos na sua porta

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Conhecido pelas reações temperamentais e por suas atitudes autoritárias no exercício do poder, que incluem perseguição aos críticos e a jornalistas independentes, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), pediu arreglo na noite desta segunda-feira (29). Jurou que não é um “ditador”, como é chamado por manifestantes, e fez um apelo, “como pai”, pelo fim dos protestos em frente a sua casa no Leblon, na Zona Sul da capital. “Quero fazer um apelo, porque, sabe, na porta de casa, eu tenho filhos pequenos. O Sérgio Cabral político é uma coisa. Ali, é o meu filho de 6 anos, meu filho de 11 anos. É um apelo de pai mesmo. Aqui [no Palácio Guanabara], manifestação é do jogo democrático. Fui presidente do Poder Legislativo durante oito anos. O que eu mais fiz foi ver as galerias cheias, vaiando, aplaudindo. Fui senador. Eu não sou um ditador. Estou aberto ao diálogo, às manifestações. Agora, na porta lá de casa, eu faço um apelo do coração, como pai”, afirmou, em coletiva no Palácio Guanabara.

Cabral vem sendo alvo de protestos desde junho. Neste domingo, a rua em frente à sua casa foi novamente ocupada por manifestantes. Muitos passaram a noite no movimento, chamado de “Ocupa Cabral” e seguem no local até a noite desta segunda. O grupo pede o impeachment do governador, além de CPIs para apurar gastos com a Copa do Mundo de 2014 e o uso do helicóptero do governo para uso pessoal de Cabral.

A polêmica dos helicópteros também foi tema da entrevista coletiva de Cabral. O governador pediu desculpas pela sua última declaração sobre o assunto, quando disse que isso sempre foi uma “prática comum”.” Há poucos estados com regras claras sobre a utilização de helicópteros. Estamos vendo um protocolo de uso desse recurso” comentou, lembrando que sua família não utiliza mais o transporte, agora de uso exclusivo do governador.

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