Máfia do álcool

Brasil perde R$160 milhões com importações da máfia do etanol

Camex leva 10 dias para publicar resolução, e favorece esquema

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A máfia dos importadores de etanol podre, à base de milho, aproveitou o atraso da Câmara de Comércio Exterior (Camex) na publicação da própria resolução, aprovada há 10 dias, para ingressar com novos pedidos de importação de quase meio bilhão de litros de álcool sem pagar impostos. Somente uma das distribuidoras pretende importar 400 milhões de litros.

A resolução fixou tarifa de 20% a partir dos 600 milhões de litros importados, mas a Camex se fingiu de morta até esta sexta-feira (1º), quando finalmente publicou sua decisão no Diário Oficial da União, dez dias depois da reunião que definiu a nova regra. Nesse período, a máfia do etanol tentou emplacar guias de importação para importar e inundar o Brasil com o produto americano.

A estimativa é que essa importação, se confirmada, provocará prejuízos ao Brasil de mais de R$160 milhões, segundo informa. o colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Importando etanol podre, com o Nordeste iniciando sua produção neste dia 1º, a máfia objetiva sufocar a concorrência e comprar suas usinas, exatamente com o fez com várias destilarias adquiridas na "bacia das almas" no Sudeste.

Produtores vão pedir à Polícia Federal e ao MPF para investigar a relação da máfia de importadores com a Camex, e também apurar o rombo provocado na receita tributária.

A suspeita é que navios de etanol podre já estão a caminho do Brasil, mesmo sem autorização de importação, para criar o “fato consumado”.

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