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Bolsa sobe mais de 7% após resultado do primeiro turno

Ações da Petrobras chegaram a subir quase 17% no início dos negócios

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Em reação ao resultado do primeiro turno das eleições, em que o candidato tucano Aécio Neves (PSDB) mostrou desempenho melhor do que o esperado, os mercados abriram animados. O dólar de balcão caiu mais de 4% na abertura, enquanto a Bolsa abriu em alta, ultrapassando em certos momentos da manhã a variação positiva de 7%.

Às 11h40, a alta era menor, mas ainda assim forte. O Ibovespa – principal índice acionário da Bolsa – subia 5,53%, em 57.557 pontos. Na máxima, atingiu 58.897 pontos. A mínima foi a própria cotação de abertura, de 54.542 pontos. O dólar recuava 2,30% no horário, a R$ 2,413.

Para se ter uma ideia da euforia dos mercados, o Ibovespa Futuro chegou a disparar mais de 9% na abertura. Agora, os investidores aguardam o posicionamento de Marina, enquanto se preparam para a primeira rodada de pesquisas eleitorais para o segundo turno, que começa nesta semana.

Ações. As ações das empresas estatais abriram com forte alta. No horário, Petrobrás ON tinha alta de 10,17%, mas chegou a subir mais de 14%. A preferencial subia 11,61%. Eletrobras tinha ganhos de 8,21% na PNB e de 9,92% na ON, enquanto Banco do Brasil subia 12,30%.

Entre os grandes bancos, Itaú Unibanco sobe 8,06% e Bradesco PN avança 9,57%. Bradesco ON, por sua vez, tem ganhos de 8,23%.

O que esperar em outubro. Apesar do surpreendente desempenho de Aécio Neves no primeiro turno das eleições presidenciais, não será fácil para o candidato tucano reverter a vantagem de Dilma Rousseff (PT), segundo o economista para mercados emergentes da gestora britânica Schroders, Craig Botham. Por isso mesmo, a expectativa do mercado é que haja muita volatilidade até o segundo turno, realizado 26 de outubro.

“Um problema que Aécio enfrenta é a possibilidade de a campanha de Dilma retratá-lo como um playboy que está fora de contato com as necessidades da média brasileira”, diz o economista em relatório.

Após a ida de Aécio para o segundo turno, todos os olhos agora estão voltados para os próximos passos que a candidata Marina Silva (PSB) dará, avalia o economista do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli. O banco alemão considerou “surpreendente” a arrancada de Aécio no fim da campanha. Por enquanto, o banco mantém a aposta de que Dilma vai vencer as eleições no segundo turno. (A/E)

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