Economia

Banco Central vê inflação de 4% em 2017, abaixo da meta

BC também reduziu de 0,8% para 0,5% previsão para o PIB do ano

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O Banco Central passou a ver inflação ainda mais baixa em 2017 e crescimento econômico mais modesto, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, 30, no qual também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida.

No documento, o BC previu alta de 4% do IPCA em 2017 pelo cenário de mercado, abaixo dos 4,2% em fevereiro e do centro da meta oficial, de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2018, seguiu projetando avanço de 4,5%, e, para o primeiro trimestre de 2019, a expectativa é de o IPCA subindo 4,6% em 12 meses.  

O Banco Central também reduziu para 0,5% a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. No relatório anterior, a projeção era de alta de 0,8%. A projeção é a mesma que foi usada pela equipe econômica para elaborar o corte do Orçamento de 2017, anunciado nesta quarta-feira, 29.

Segundo o BC, a revisão do PIB para baixo está associada, fundamentalmente, à incorporação dos resultados do quarto trimestre de 2016, que resultaram em redução adicional do chamado "carregamento estatístico" para 2017.

Entre as componentes do PIB para o próximo ano, o BC projeta queda de 0,1% do setor industrial, expansão de 6,4% no setor agrícola e alta de apenas 0,1% para o segmento de serviços. Antes, as previsões eram de alta 0,6% para a indústria, de 4,0% para a agropecuária e de 0,4% para serviços.

No lado da demanda, o BC estima que o consumo das famílias vá acumular aumento de 0,5% em 2017, ante elevação de 0,4% projetada antes. O consumo do governo terá expansão de 0,2%, ante previsão anterior de 0,5% do relatório anterior.

O documento de hoje indica ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento na economia – deverá ter queda de 0,3% em 2017. No Relatório de dezembro, a expectativa era de alta de 0,3%. Essa queda reflete a piora no cenário esperado para construção civil e para absorção de bens de capital.

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