Socorro emergencial

Bancada alagoana quer R$ 157 milhões da União contra a seca

Ações emergenciais foram expostas por Comitê da Seca de Alagoas

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Na tarde desta quarta-feira (21), dois integrantes da bancada federal alagoana reuniram-se com o Comitê de Combate à Seca de Alagoas na sede do CREA-AL para debater medidas para minimizar os efeitos da seca que assola o Estado e todo a Região Nordeste. No encontro, ficou estimada a necessidade de uma ajuda de R$ 157 milhões do Governo Federal para aplacar a estiagem de forma emergencial, em todas as regiões de Alagoas.

Em Alagoas, 40 cidades do Agreste e do Sertão se encontram em estado de calamidade e outros 37 municípios decretaram emergência. E, sob a liderança do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT), a representação da bancada decidiu, com o aval de técnicos, secretários e presidentes de instituições estaduais, propor ao governo do presidente Michel Temer medidas para levar água ao alagoano, mesmo durante o recesso parlamentar.

Ronaldo Lessa garantiu empenho da bancada para atender as solicitações. Mas não arriscou dar garantias de que todo o montante necessário será obtido junto à União. Apesar de acreditar na possibilidade de uma resposta positiva de Temer.

"Não sei se vai chegar esse dinheiro todo. Mas acho que a gente está vivendo um momento em que pode realmente colher do Governo Federal a ajuda possível para conter [a seca]. E é uma seca terrível, você vê do avião coisa que você não via antes. Não é o Sertão que está seco. É a Zona da Mata. São os rios que estão secando. Estamos vivendo um momento muito grave. Independente da quantidade de deputados que vieram para cá, a bancada vai se desdobrar para atender. Porque a gente não vive brigando", disse Ronaldo Lessa, que lidera a bancada federal alagoana.

Lessa vê no ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, a pessoa ideal para convencer o governo Temer a liberar os recursos para Alagoas.

Apenas Lessa e Rosinha ouviram ComitêCRISE HÍDRICA

O presidente do Comitê da Seca, Moisés Melo, disse que o Comitê da Seca está buscando se antecipar aos fatos, em ação conjunta para garantir água potável para a população. E fez o alerta para que haja economia de água, da Zona da Mata ao Sertão, inclusive em Maceió, onde o risco de racionamento também é considerável.

“Toda essa crise hídrica foi causada pela escassez de chuvas nos últimos cinco anos. Por isso, os rios e nascentes estão secando e temos que economizar e apresentar soluções”, disse o presidente do Comitê, que também coordena a Defesa Civil do Estado.

Quem também debateu a situação de calamidade provocada pela estiagem foi a deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB), que também defendeu a aceleração da vinda de recursos que possibilitem dar agilidade a algumas ações para redução dos danos causados pela estiagem. Rosinha fez questão de ressaltar que a exposição era para a bancada alagoana, mas apenas ela e Ronaldo Lessa estiveram presentes.

“Até a próxima semana deverá está sendo apresentado um plano de ação para que possamos ir em busca desses recursos que deverão ser utilizados em ações emergenciais, mas também em saídas de médio e longo prazos”, escreveu a deputada, em seu perfil do Facebook.

Participaram da reunião, entre outras autoridades, o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e os secretários de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, e de Infraestrutura, Aparecida Machado.

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