ONU

Ban Ki Moon pede que Constituição e democracia sejam respeitadas no Brasil

Secretário-geral da ONU também pediu 'transparência' no impeachment

acessibilidade:

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, pediu que a crise política brasileira seja solucionada "o mais rapidamente possível" e que a Constituição e a democracia sejam respeitadas no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em um evento para marcar a entrada da flama olímpica na sede da ONU, na Suíça, nesta sexta-feira, 29, foram as perguntas sobre a crise política no Brasil que dominaram. Ban apelou pela "transparência" no processo no País. 

Ele ressaltou que o assunto é um problema interno nacional, mas disse que "está seguindo o que está acontecendo no Brasil". "Como secretário-geral da ONU, eu sinceramente espero que haja o resultado de um processo muito transparente e que siga os procedimentos democráticos e a Constituição. Isso é o que eu peço e o que espero das instituições democráticas do País nos próximos meses". 

"Fiquei encorajado de ver a presidente Dilma Rousseff em Nova York, na cerimônia de assinatura do Acordo Climático. Como secretário-geral da ONU, minha única esperança é de que essa atual crise seja resolvida o mais rápido possível, de maneira transparente, com os procedimentos democráticos e constitucionais", completou. 

presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, também reconheceu que o Brasil vive "uma crise" e que a sociedade está "dividida". Mas apostou que a chama olímpica e o evento vão "unir os brasileiros". "Jogos Olímpicos são sempre desafiadores", disse. "Os últimos meses são sempre mais difíceis", completou. 

"O Brasil está numa situação difícil, um país com profundas divisões neste momento. Os Jogos, portanto, são uma grande oportunidade, e todos podem estar orgulhosos por serem brasileiros. Estamos confiantes de que teremos uma Olimpíada excelente", disse. 

Bach, porém, se negou a comentar declarações da equipe de procuradores de que as obras da Rio-2016 serão as próximas a serem investigadas na Operação Lava Jato. 

"Não vou especular sobre as intenções de procuradores no Brasil. São independentes e tenho certeza de que vão trabalhar dentro das regras do País. Do meu lado, ouvimos dos organizadores e do ministro de Esporte que todos os trabalhos foram feitos de forma transparente e essa é a informação que confiamos", disse. Com informações da Agência Estado.

Reportar Erro