Novas execuções

Austrália pede clemência à Indonésia para seus condenados à morte

Dois australianos condenados por tráfico de drogas estão entre os 11 presos incluídos na nova rodada de execuções

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O governo da Austrália pediu hoje (25) clemência ao presidente indonésio, Joko Widodo, para dois cidadãos do país que estão no corredor da morte por narcotráfico e insistiu que não foram esgotados todos os recursos para salvá-los do fuzilamento.

“Apelo ao presidente Widodo e ao povo da Indonésia misericórdia, compaixão e perdão”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Julie Bishop, em entrevista ao Canal 9 da televisão local.

Os australianos Andrew Chan, de 31 anos, e Myuran Sukumaran, de 33 anos, ambos condenados por tráfico de droga, encontram-se entre os 11 presos incluídos na nova rodada de execuções que o governo indonésio pretende efetuar e que poderá ocorrer ainda esta semana.

"Não perderemos as esperanças", disse Julie Bishop, explicando que se pretende evitar as execuções dos dois australianos "porque ainda não se esgotaram todos os recursos".

O presidente Widodo disse na terça-feira (24) que nenhuma intervenção vai parar as execuções dos dois australianos nem de nenhum outro estrangeiro. Entre eles, está Rodrigo Gularte, o segundo brasileiro condenado à pena de morte na Indonésia por tráfico de drogas.

Em janeiro, o governo indonésio executou seis condenados por tráfico de entorpecentes, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, executado por fuzilamento, após aguardar durante dez anos no corredor da morte pela aplicação da sentença.

Marco Archer foi preso por tráfico de 13 quilos de cocaína em 2003 e julgado em 2004. Os pedidos de clemência feitos pelo condenado e pelo governo brasileiro foram negados.

Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi julgado e condenado em 2005, por entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína em pranchas de surf.

 

 

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