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Arrecadação federal cai 8,19% no 1º trimestre; pior resultado em seis anos

Em março, arrecadação recuou 6,9% comparado ao mesmo mês de 2015

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A arrecadação de impostos e contribuições federais pelo governo somou R$ 95,77 bilhões em março, uma queda real de 6,96% frente ao mesmo mês de 2015. Foi o pior março desde 2010.

A crise econômica, fez a arrecadação federal atingir R$ 313,014 bilhões, queda de 8,19% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado considerando o IPCA. O valor acumulado também é o menor para os três primeiros meses do ano desde 2010.

Segundo a Receita Federal, a queda da atividade econômica é o principal responsável pelos números da arrecadação este ano. Entre os fatores, a Receita destaca o recuo de 11,8% na produção industrial no primeiro trimestre, a redução de 10,47% na venda de bens e serviços e a contração de 33,62% no valor em dólar das importações. Vinculada à arrecadação da Previdência Social, a massa salarial caiu 0,03% no primeiro trimestre.

Os tributos que puxaram a queda na arrecadação no primeiro trimestre foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, cuja receita caiu R$ 7,7 bilhões, descontando o IPCA, por causa do menor lucro das empresas. Em segundo lugar, está a receita da Previdência Social, com queda real (considerando a inflação) de R$ 5,5 bilhões, motivada pelo aumento do desemprego.

Em terceiro lugar, estão o Programa de Integração Social e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), que caíram R$ 4,2 bilhões por causa da contração nas vendas. Cobrados sobre o faturamento das empresas, esses tributos refletem diretamente o consumo. Por fim, a arrecadação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) caiu R$ 3,2 bilhões em valores reais por causa da queda da produção industrial.

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