Lava Jato

'Querem matar Zé Dirceu', diz seu advogado após nova condenação

'É mais fácil matá-lo que admitir sua inocência', diz advogado

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A propósito da nova condenação do ex-ministro José Dirceu, desta vez a 11 anos e 3 meses de reclusão, seu advogado, o criminalista Roberto Podval afirmou, em nota, que “estão matando o Zé Dirceu”, porque “é mais fácil matá-lo do que admitir sua inocência”. Para o advogado, “hoje não se julga mais os fatos e sim o nome de quem aparece na capa do processo”.

Já condenado a 23 anos e 3 meses de prisão em outro processo da Lava Jato, ex-“primeiro-ministro” do governo Lula recebeu a segunda condenação, desta vez de 11 anos e 3 meses de reclusão, ambas proferidas pelo juiz federal Sérgio Moro. Ele foi condenado agora por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Dirceu também foi multado em R$ 774 mil.

“Espero com a teimosia dos burros que nossos juízes voltem a julgar se guiando pela Constituição e não pela opinião pública”, escreveu Podval em sua nota.

José Dirceu foi condenado por receber vantagens indevidas em um contrato da empresa Apolo Tubulars com a Petrobras e teria ocultado e dissimulado o recebimento do dinheiro de propina por meio de contratos fictícios de consultoria de sua empresa JD Assessoria e Consultoria.

O caso foi investigado na Operação Vicio, 30ª fase da Lava Jato, em que a Apolo Tubulars foi acusada de pagar propinas para obter contratos para fornecimento de tubos para a exploração de petróleo e gás da Petrobras.

Duque pegou 6 anos

Na mesma ação de José Dirceu, Sérgio Moro condenou o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque a 6 anos e 8 meses de prisão por corrupção passiva, por ter intermediado o acerto que beneficiou Dirceu. Mas ele foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro por falta de provas. O ex-diretor da estatal também terá de pagar multa de R$435 mil.

Outros condenados foram o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, a quase 10 anos e meio de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; o empresário Eduardo Aparecido de Meira, ligado a Dirceu; e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, executivo da Credencial Construtora, por corrupção passiva e associação criminosa, ambos a oito anos e nove meses de prisão.

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