Reforma da Previdência

'Privilégio é se aposentar com dois mandatos', diz relator da reforma

Para ele, é preciso melhorar comunicação sobre a proposta

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O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), garante que o texto aprovado na comissão especial e que está pronto para ser colocado em votação no plenário da Casa, acaba com os privilégios.

“Eu desafio qualquer pessoa a dizer que tem um privilégio nessa PEC”, afirmou ele, rebatendo críticas de que as mudanças beneficiaram os mais ricos.

“Privilégio é deputado se aposentar com dois mandatos. Eu poderia ter me aposentado com 28 anos pela Assembleia da Bahia, mas achei feio demais. Se você me disser qual é o privilégio que tem nessa reforma, dou a mão à palmatória”, ressaltou.

Para Arthur Maia, o regime especial adotado para policiais e professores não é questão de privilégio. “Existe em todos os países do planeta uma aposentadoria diferente para policiais, porque o cara tem de empreender força física. No dia em que teve invasão aqui, você acha que um senhor de 65 anos poderia enfrentar aquele confronto?”, questionou.

“Grande parte dos países do mundo tem uma aposentadoria diferente para os professores. Uma professora hoje se aposenta no regime geral com 45 anos. Passou para 60, tivemos avanço. Eu não reconheço na PEC nenhum tipo de privilégio”. O regime especial para professores seria extinto de acordo com o texto original da reforma da Previdência, mas foi mantido pelo relator.

Mesmo com a votação da reforma no Plenário da mais próxima, Maia diz que ainda “não é tempo para votar” o texto na Câmara, já que o governo precisa melhorar a comunicação da reforma com o “povão”, esclarecendo as mudanças. 

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