"Provocação nuclear"

'Paciência estratégica' com Pyongyang acabou, diz vice-presidente dos EUA

Mike Pence afirmou que Washington derrotará 'qualquer tipo de ataque'

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O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, afirmou nesta segunda-feira, 17, em Seul que a Coreia do Norte "faria bem não testando a determinação" do líder americano, Donald Trump, e lembrou que Washington ordenou recentemente ataques na Síria e no Afeganistão.

"Derrotaremos qualquer tipo de ataque, e enfrentaremos qualquer provocação nuclear ou de mísseis com uma resposta surpreendente", disse Pence após se reunir em Seul com o presidente interino sul-coreano, Hwang Kyo-anh, no segundo dia de sua visita ao país asiático.

A viagem do vice-presidente à Coreia do Sul acontece em um momento de máxima tensão com a Coreia do Norte, após o novo teste do lançamento de um míssil realizado na véspera pelo regime de Kim Jong-un.

Em visita à zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias, Pence destacou que a "era da paciência estratégica" de Washington com Pyongyang "acabou" com a chegada de Trump à Casa Branca, e depois que, no último ano, o regime norte-coreano realizou "dois testes nucleares ilegais" e repetidos lançamentos de mísseis.

Queremos chegar (a uma solução para a atual crise) por meios pacíficos. Ainda assim, todas as opções estão sobre a mesa", advertiu o vice-presidente americano em referência à via militar. "Todas as futuras decisões sobre as políticas em relação ao Norte serão tomadas com uma estreita cooperação e com base em nossa aliança", disse o presidente interino sul-coreano.

Rússia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou nesta segunda-feira que acredita que os EUA não irão agir de maneira unilateral contra a Coreia do Norte, como fez recentemente contra a Síria ao atacar com mísseis uma base aérea do regime de Bashar Assad.

"Não aceitamos as aventureiras ações nucleares e com mísseis de Pyongyang que violam numerosas resoluções do Conselho de Segurança da ONU", disse em coletiva de imprensa o chefe da diplomacia russa.

Ao mesmo tempo, destacou que "isso de nenhum modo significa que se possa transgredir da mesma maneira o direito internacional e usar a força por violações à Carta da ONU ". "Por isso acredito que não haverá ações unilaterais (dos EUA) como as que vimos recentemente na Síria", disse. (AE)

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