Crise econômica

Após rebaixamento do Brasil, dólar vai a R$ 3,43

Moeda sobe mais de 2% depois de a S&P revisar perspectiva para o país

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O dólar atingiu novas máximas e chegou a ser cotada a R$ 3,43 após a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) sinalizar que pode cortar o grau de investimento do Brasil em breve. A moeda americana subiu mais de 2% logo após o anúncio, mas já devolveu parte dos ganhos e era negociada a R$ 3,414 (+1,58%) às 14 horas. Já a Bovespa, que chegou a subir mais de 2%, desacelerou os ganhos e avançava 0,80%, aos 48.952 pontos.

A agência manteve o rating em BBB-, mas revisou a perspectiva de estável para negativa. A nota da agência representa apenas um degrau acima do grau especulativo.

Depois de voltar a alcançar a maior cotação dos últimos 12 anos ante o real (R$ 3,3610), o dólar iniciou a sessão desta terça-feira, 28, em queda. Entretanto, a moeda voltou a subir ainda durante a manhã, em meio a preocupações com o cenário político e econômico no País. 

Em entrevista à Agência Estado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o sucesso do ajuste fiscal depende do Congresso.

Entretanto, analistas avaliam que a alta dos juros nos Estados Unidos pode demorar mais do que muitos preveem por conta das dificuldades da China, o que causaria uma pressão menor do dólar em relação ao real. 

No mercado de câmbio, a sinalização do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de que o governo não estuda usar recursos de reservas internacionais para tentar controlar o câmbio pode provocar uma diminuição da especulação sobre a moeda americana, na opinião de outro operador ouvido pelo Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.

Segundo Barbosa, as reservas – estimadas atualmente em US$ 360 bilhões – dão mais autonomia para o País na condução da política econômica, não tendo que recorrer a organismos internacionais. (AE)

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