Após aumento de impostos, mercado sobe previsão para inflação em 2017: 3,33%
Economistas mantiveram previsões para alta do PIB e para os juros
O primeiro Relatório Focus após o governo anunciar o aumento da tributação sobre combustíveis, traz elevação da previsão dos economistas do mercado financeiro para a inflação neste ano.
Divulgado nesta segunda-feira, 24, pelo Banco Central, o relatório mostra que a mediana para o IPCA, o índice oficial de inflação, em 2017 foi de 3,29% para 3,33%. Há um mês, estava em 3,48%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, ante 4,30% de quatro semanas atrás.
A nova estimativa interrompe uma sequência de sete quedas seguidas no indicador. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas pelo BC.
No entanto, apesar da alta, a nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%.
PIB e Juros
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento em 0,34%. Há um mês, a perspectiva era de avanço de 0,39%.
Para 2018, os economistas mantiveram sua estimativa de expansão da economia em 2%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,10%.
O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 8% ao ano para o fechamento de 2017. Ou seja, os analistas continuaram a estimar uma redução dos juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic permaneceu 8% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Dólar e investimentos
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio do dólar no fim de 2017 ficou estável em R$ 3,30. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana recuou de R$ 3,45 para R$ 3,43.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 permaneceu em US$ 60 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit caiu de US$ 47,8 bilhões para US$ 45,5 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.