Julgamento

Após 12 anos, acusados de matar juiz vão a júri no ES

Vítima era de força-tarefa que investigava o crime organizado

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Começa nesta segunda-feira (24) o júri popular de dois dos acusados pelo Ministério Público Estadual capixaba de serem os mandantes do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, em março de 2003. Será no Cineteatro da Universidade Vila Velha.

O Tribunal do Júri será presidido pelo juiz Marcelo Soares Cunha, que prevê que dure aproximadamente cinco dias o julgamento popular do coronel da reserva da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira e o ex-policial civil e empresário do ramo de mármore e granito, Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calu.

O processo possui mais de sete mil páginas, em 31 volumes e 39 anexos. O terceiro acusado como mandante, o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira, ainda aguarda a tramitação de recursos junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com três tiros quando chegava a uma academia de ginástica, em Itapoã, Vila Velha. Ele tinha acabado de estacionar o carro e foi baleado na rua. Testemunhas contam que olharam da janela da academia ao ouvirem os tiros e viram uma pessoa na moto e uma outra pessoa atirando. Alexandre integrava a missão especial federal que, desde julho de 2002, investigava as ações do crime organizado no Estado.

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