Tarifa vermelha

Aneel: tendência é conta de luz ter bandeira vermelha no patamar 2

Diretor-geral afirmou que regime hidroelétrico deve deixar tarifa de outubro ainda mais cara

acessibilidade:

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta sexta (22) que, devido ao atual regime hidrológico, a tendência é que as tarifas de energia elétrica vigorem em outubro acrescidas da bandeira tarifária vermelha no patamar 2.

“Ainda estamos em um regime hidrológico muito desfavorável. as chuvas atrasaram. A tendência é, para a próxima semana, o CMO estar mais caro. Então, caminha na direção da bandeira vermelha e é mais provável que chegue ao patamar 2”, afirmou Rufino. O patamar 2 da bandeira vermelha é a tarifa mais alta, nela são cobrados R$ 3,50 a cada 100 quilowatts-hora.

O diretor frisou que falou em termos de tendência uma vez que, conforme o Custo Marginal de Operação (CMO), a bandeira tarifária de outubro só será fechada na próxima semana. O Operador Nacional do Sistema (ONS) também prevê a bandeira vermelha durante os meses de outubro e novembro.

Rufino descartou a possibilidade de haver desabastecimento de energia elétrica em 2018, mesmo que o crescimento da economia seja mais forte do que o inicialmente esperado. O despacho das usinas termelétricas mais caras, caso a demanda suba, pode ser evitado caso o Brasil importe energia da Argentina a um preço melhor.

“Só vamos importar se os preços forem competitivos em relação às térmicas que eu tenho. O que foi feito é uma autorização para importar. O comercializador vai declarar o valor  e aí o ONS está autorizado a acionar, desde que ela desloque as térmicas mais caras”, disse o diretor-geral da Aneel.

Na quinta-feira, o diretor-geral da ONS, Luiz Eduardo Barata, disse que, para amenizar o impacto da seca nos preços, serão importados cerca de 1 mil megawatts-médios da Argentina, já a partir do mês que vem.

Reportar Erro