Sem chance de defesa

Amarildo teria sido torturado, diz delegado

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A equipe da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro interceptou, com a autorização da justiça, os telefones dos dez policiais suspeitos de matar o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Em conversa interceptada, o policial Marlon Campos Reis comentou com a namorada em que pé estavam as investigações: “Eles já sabem o que aconteceu. Só não têm como provar”.

Ontem (04), a Justiça decretou a prisão preventiva dos dez policiais militares acusados de torturar e matar Amarildo, na Favela da Rocinha, zona sul do Rio. Os policiais militares suspeitos irão responder pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Os acusados são Edson dos Santos, Luiz Felipe de Medeiros, Jairo da Conceição Ribas, Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinícius Pereira da Silva, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha.

Durante as investigações sobre o desaparecimento de ajudante de pedreiro, a Polícia Civil do Rio reuniu depoimentos de 22 pessoas que teriam sido torturadas nos últimos seis meses pelos policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na Rocinha. Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, entre as práticas usadas como tortura nos depoimentos, estavam os choques elétricos e asfixias com uso de sacos plásticos. Ainda segundo Barbosa, Amarildo deve ter sofrido o mesmo tipo de tortura.

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