Máfia da merenda

Alckmin terá que entregar contratos de cooperativas

Relator da máfia da merenda no TJ quer dados a partir de 2010

acessibilidade:

O relator da ‘máfia da merenda’ no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), desembargador do Sérgio Rui, requisitou à Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin cópia de todos os procedimentos administrativos, finalizados ou não, com respectivos contratos, aditamentos e pagamentos a cooperativas que estão sob investigação da Operação Alba Branca.

O magistrado quer todos os dados desde 2010, incluindo informações relativas a fornecimento de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar.

Além da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), considerada o carro-chefe do esquema de fraude em pelo menos 22 municípios paulistas, estão sob investigação a Associação Orgânica de Bebedouro (AAOB) e a Horta Mundo Natural Ltda.

Sérgio Rui decretou ainda a quebra do sigilo bancário e fiscal das três entidades.

A Operação Alba Branca põe sob suspeita o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação do Estado Fernando Padula, quadro do PSDB. Ele teria orientado integrantes da organização a reajustar preços por meio de reequilíbrio financeiro, descartando aditamentos contratuais.

Grampos telefônicos também chegaram ao ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o “Moita” – também ligado ao PSDB. Ele foi flagrado conversando com Marcel Ferreira Júlio, apontado como o lobista da quadrilha. “Moita” operava com integrantes da cooperativa Coaf ao celular de sua sala no Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), também está no foco da Alba Branca. Investigados citaram em depoimento que o tucano seria destinatário de comissão sobre contratos da Coaf.

Reportar Erro