Demissões

Ajustes do governo de Renan Filho provocam protestos em Maceió

Luciano dispesou 360 vigilantes e suspendeu o transporte de alunos

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A decisão do vice-governador de Alagoas, Luciano Barbosa, que também é secretário da Educação, de demitir 360 vigilantes da rede pública, provocou um uma passeata de protesto na movimentada Avenida Fernandes Lima, principal acesso a Maceió, prejudicando o trânsito de milhares de veículos. A manifestação foi liderada pelo Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilantes), ao qual se juntaram pais e alunos em protesto contra a suspensão do serviço de transporte escolar fornecido pela Secretaria Estadual de Educação.

Este é o primeiro protesto público contra o governo de Renan Filho (PMDB) desde sua posse, há 43 dias.

De acordo com o Sindvigilantes, a demissão teria ocorrido após Luciano Barbosa (PMDB) ter assinado decreto para substituir o sistema de segurança atual por um sistema eletrônico. Já a suspensão do serviço de transporte se deveria a irregularidades nos contratos.

Luciano Barbosa prometeu receber os manifestantes, mas portas do Complexo Educacional de Ciências Aplicadas (Cepa) foram fechadas e os manifestantes caminharam até o Palácio dos Martírios, sede do governo. ?Os vigiantes já trabalhavam lá há oito anos, agora estão desempregados?, lamentou o presidente do Sindvigilantes, José Cícero Ferreira.

Barbosa justificou que as medidas adotadas significariam uma economia de R$27 milhões para a educação. ?A forma como o gasto é feito hoje reflete na educação de Alagoas, que tem um dos piores índices do país. O contrato com a empresa de transporte, que cuidava de 63 municípios, era de R$ 54 milhões ao ano, enquanto 39 municípios, que aderiram à municipalização, cobravam juntos R$ 4,5 milhões?, disse o secretário.

Ele garantiu que o transporte seria estabelecido e por um preço justo. ?Vamos garantir um transporte por um preço justo. Todos os prefeitos estão aderindo à municipalização. Em Maceió, estamos em conversa com a Transpal e a Prefeitura?, explicou Barbosa.

Sobre os contratos de vigilância armada, que segundo o secretário somavam aproximadamente R$23 milhões, ?um deles, o de R$ 14 milhões, foi assinado em dezembro do ano passado. Esse contrato representava uma quantidade significativa de recursos que não chega à sala de aula. Com esse recurso, vamos investir nas escolas, em material didático, em infraestrutura, nos professores. A meta é fazer a Secretaria de Educação melhorar a qualidade de ensino e para isto alocar bem os recursos na educação?, salientou.

O secretário salientou ainda, que agora as escolas terão um sistema de vídeo monitoramento aprimorado e contarão com todo o apoio da Polícia Militar (PM). Vinte e duas viaturas foram disponibilizadas pela SEE foram disponibilizadas para que o Batalhão Escolar guardasse os perímetros das unidades de ensino. (Vitor Menezes)

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