CPI da Petrobras

Agente diz que implantou escutas a mando de superintendente da PF

Escuta ilegal de Youssef na PF pode gerar a nulidade do pocesso

acessibilidade:

Werlang disse que ordem veio do superintendente da PF no Paraná e de dois delegados

Deputados presentes na sessão da CPI da Petrobras da tarde desta quinta-feira, 2, contaram que o agente da Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang revelou que implantou escutas clandestinas na Superintendência da PF em Curitiba a mando de três superiores. Werlang disse que o pedido foi feito pelo superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, e pelos delegados Igor Romário de Paula e Márcio Anselmo.

O temor é que a utilização de meios de investigação considerados ilegais venha a provocar decisões judiciais que anulem ao menos parcialmente a Laca Jato, a exemplo do que aconteceu com outras operações, como a Satiagaha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas.

O agente, que depõe neste momento em sessão fechada, afirmou que colocou a escuta no segundo andar da Superintendência da Polícia Federal, hoje sede das investigações da Operação Lava Jato, no dia da prisão do doleiro Alberto Youssef.

De acordo com relatos, o agente informou que implantou o grampo na cela do doleiro e no fumódromo do prédio da Superintendência. Em abril do ano passado, Youssef descobriu a escuta clandestina. (AE)

Reportar Erro