Perseguição

Agente denuncia Polícia Federal após 17 anos de serviço

Agente da PF diz ter sido dispensado durante crise de depressão

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A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota nesta segunda-feira (29) para relatar denúncias de um agente especial dispensado da corporação após ser perseguido durante crise de depressão. Ronaldo, nome fictício dado pela instituição para não revelar sua identidade, apresentou a queixa após 17 anos trabalhando na Polícia Federal.

Segundo o servidor, quando apresentou problemas de saúde, a Corregedoria do órgão (Coger) instaurou contra ele 12 processos administrativos, três sindicâncias e dois inquéritos ? até o dia em que foi demitido por ter pedido uma licença médica ao Serviço de Inspeção Médica (Simed) com diagnóstico da depressão. O afastamento chegou a ser homologado, mas os atestados ? emitidos pela própria junta médica ? passaram a não ser mais aceitos.

O Simed, então, segundo ele, abriu processo administrativo para sua demissão por falta ao trabalho ? sem mencionar a licença ou a ação em curso. Desta forma, o servidor acusa a PF de persegui-lo e desrespeitar seus direitos. A Policia Federal ainda não prestou esclarecimentos sobre as denúncias.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Fenapef, de 2.630 servidores da PF que foram entrevistados, 30,3% se submetem ou já fizeram tratamento psicológico ou psiquiátrico. Para mostrar a elevação desse índices, cerca de 100 agentes da PF organizaram na terça-feira passada um ato em homenagem às vítimas de assédio moral, suicídio e perseguições dentro da instituição.

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