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Aéreas se unem para extorquir governo e aumentar tarifas

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As quatro maiores empresas aéreas do Brasil (TAM, GOL, AZUL e AVIANCA) se uniram para uma manifestação das companhias. Elas argumentam que a alta do dólar nas últimas semanas vai obrigá-las a aumentar os preços das passagens, caso o governo não atenda exigências como redução do preço do querosene (combustível dos aviões), isenção de até oito meses nas cobranças de taxas de navegação aérea e corte, no mínimo, pela metade da alíquota de ICMS.

O porta-voz desse protesto, o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, apresentou as reivindicações ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, e disse que mais da metade dos gastos das companhias são baseadas no dólar. Sanovicz afirmou que as demissões do ano passado já foram feitas para reduzir custos e disse que, dessa vez, as empresas não terão saída a não ser encarecer os bilhetes.

O ministro da Aviação Civil atendeu os ?manifestantes? e afirmou que levará as reivindicações a outras áreas do governo. Moreira Franco explicou que medidas para desonerar o setor aéreo já vêm sendo adotadas pelo Executivo, mas não acredita que haja espaço para a redução do combustível das aeronaves. ?Eu vejo dificuldade na questão do querosene. Já existe uma política da Petrobras, que respeita uma certa lógica?, concluiu.

Caso não haja consenso entre o governo e as empresas, quem vai sair perdendo, como sempre, é o cidadão que já paga caro por um serviço fraco.

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