Novas possibilidades

Acordo de livre comércio entre Mercosul e Egito entra em vigor após 7 anos

Início do acordo possibilitará ao bloco o acesso a um mercado de 100 milhões de consumidores

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O acordo de livre mercado entre o Mercosul e o Egito entrou em vigor nesta sexta (1º), sete anos após sua assinatura. O primeiro entendimento assinado pelo bloco sul-americano com um país da África demorou a valer devido ao lento processo da aprovação de seus termos pelos Legislativos dos países integrantes do Mercosul. Enquanto o Egito obteve o aval de seu parlamento em 2013 e o Congresso brasileiro aprovou os termos em 2015, a Argentina aceitou apenas no início deste mês.

O Ministério das Relações Exteriores afirmou, por meio de nota, que o início do prazo garante ao Mercosul e ao Brasil maior facilidade no acesso ao mercado de 100 milhões de consumidores. “O acordo cria novas oportunidades para exportações brasileiras de produtos com frango, café solúvel, papel, automóveis e autopeças, entre outros”, completou.

As tarifas de importação cobradas no comércio bilateral serão totalmente eliminadas e devem atingir, inicialmente, cerca de 26% dos produtos importados pelo Mercosul e 31% dos importados pelo Egito. Em dez anos, a redução terá abrangido 99% dos itens importáveis pelo bloco sul-americano e 97% dos exportáveis para o Egito.

Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), mostram uma balança comercial amplamente favorável ao Brasil, que exportou US$ 1,77 bilhão para o Egito e importou US$ 94 milhões em mercadorias.

A assinatura de acordos comerciais é um das prioridades da política externa do atual governo, que espera anunciar o fechamento de um “acordo político” para o livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia até o final deste ano. Também estão na mira do Mercosul acordos com o Efta (Suíça, Noruega, Finlândia e Liechtenstein) e o Canadá, por exemplo.

Após os compromissos na China, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, permanecerá no Ásia para prospectar o interesse dos países da Asean (Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã).

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