Após rebaxamento

Ações da Petrobras têm terceiro dia de forte queda na Bolsa

Estatal foi colocada nesta sexta-feira, pela Moody's, à beira do grau especulativo e seus papéis caem ainda mais no pregão

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Como era de se prever, investidores reagem negativamente ao rebaixamento de todas as notas de crédito da Petrobrás pela Moody’s. Por volta das 12h, as ações preferenciais da empresa caiam 6,51%, cotadas a R$ 8,18; as ordinárias, 4,96%, cotadas a R$ 8,05. O Ibovespa recuava 2,64% no horário, para os 46,503 mil pontos.

A semana tem sido tenebrosa para a empresa na Bolsa. Com a divulgação do balanço não auditado da empresa, seus papéis caíram mais de 10%. Dois dias depois, nesta sexta-feira, 30, a empresa foi colocada à beira do grau especulativo.

Esses fatos se somam a todas as notícias divulgadas desde o ano passado em relação às investigações de corrupção da Operação Lava Jato. Sobretudo por causa deles, a empresa acumula, apenas em 2015, recuo de mais de 15% de seus papéis.

Adiado por mais de dois meses, o balanço do 3º trimestre de 2014 da Petrobrás foi divulgado na madrugada da quarta-feira, 28, sem ser submetido à auditoria externa. Baixas contábeis por corrupção podem ser ainda maiores que os estimados R$ 4 bilhões, informou a presidente da petroleira, Graça Foster, em teleconferência com investidores e analistas na quinta-feira, 29. O cálculo das perdas causadas por desvio de dinheiro não foi incluído no relatório a pedido do Planalto.

Não bastasse a crise de credibilidade, a queda nos preços do barril de petróleo e as dívidas da estatal contribuem para um quadro ainda mais difícil para novos investimentos. Também na conferência para comentar os resultados da empresa, Graça Foster informou que a Petrobrás reduzirá o ritmo de extração de petróleo ao “mínimo necessário”. Além disso, a companhia confirmou que pode suspender o pagamento de dividendos. (AE)

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