A ditadura da poesia
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Nomeado interventor do Amazonas por Getúlio Vargas, o poeta Álvaro Maia sempre encontrava tempo para cometer versos. Mas dava duro. Certo dia, o prefeito de Lábrea reclamou do promotor da cidade:
– O senhor precisa demitir o homem. Ele bebe muito, dá escândalo. Até já ficou nu na beira do rio. E isso não é nada, há coisa muito pior…
– É mesmo? – interessou-se o interventor.
– Além de todos os vexames, ele ainda é poeta!
O prefeito foi posto pra fora do gabinete e demitido no mesmo instante.
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