Fortalecendo laços

Nos Estados Unidos, Bolsonaro discute defesa, investimentos e tecnologia

Presidente encontra comunidade brasileira na Flórida, onde vivem cerca de 400 mil brasileiros

acessibilidade:

Deste sábado (7) até a próxima terça-feira (10), o presidente da República, Jair Bolsonaro, cumpre agenda nos Estados Unidos. A quarta visita presidencial ao país presidido por Donald Trump é fruto de um convite do senador pela Flórida e ex-governador do estado, Rick Scott. Na programação, estão um seminário para empresários e investidores norte-americanos, visita a uma unidade do Departamento de Defesa americano e à fábrica da Embraer na Flórida, estado que abriga expressiva comunidade brasileira e com o qual o Brasil já possui fortes vínculos econômicos e comerciais.

Já neste primeiro dia da visita presidencial, Jair Bolsonaro encontra o presidente Donald Trump, em jantar reservado em Palm Beach, na Flórida. O brasileiro será acompanhado por um grupo restrito de quatro pessoas, no resort Mar-a-Lago, de propriedade de Trump.

Para o cônsul-geral da Flórida, embaixador João Mendes, essa visita de Bolsonaro servirá para reforçar os vínculos com um dos principais estados americanos, que abriga uma comunidade de cerca de 400 mil brasileiros e mantém comércio de mais de US$ 20 bilhões com o Brasil, que é o principal parceiro econômico-comercial do estado.

“Estamos vivendo um momento histórico. Pela primeira vez, nós temos um presidente da República que vem a Miami, onde está localizada a maior comunidade brasileira no exterior hoje em dia. É um momento que a comunidade está esperando há bastante tempo. Do ponto de vista econômico-comercial, a Flórida hoje, se fosse um país, seria o décimo parceiro econômico-comercial do Brasil”, pontuou Mendes.

Bolsonaro transmitiu a titularidade do cargo para o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), na manhã deste sábado, antes de embarcar para os Estados Unidos, na Base Aérea de Brasília (DF).

Neste domingo (8), o presidente brasileiro irá ao U.S. Southern Command, comando da defesa americana responsável pelo hemisfério sul. Lá, será recebido pelo comandante militar do sul, que promoverá a apresentação do comando a Bolsonaro. Está prevista ainda a realização de uma mesa redonda com a participação de autoridades brasileiras e americanas.

Na segunda-feira (9), Jair Bolsonaro participa da abertura do Seminário Empresarial Brasil-Estados Unidos na Flórida, ao lado do presidente da Apex Brasil, Sérgio Segovia, do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do prefeito de Miami, Francis Suarez, e do senador Rock Scott.

“O principal item que queremos mostrar é que o brasileiro é um povo positivo, honesto e trabalhador. A comunidade brasileira na Flórida é atuante e responsável. A comunidade brasileira aqui é muito respeitada”, destacou o presidente do Conselho de Cidadãos Brasileiros na Flórida, Cássio Segura.

Tecnologia aeroespacial

Na terça-feira (10), o líder brasileiro participa da abertura de outro evento, a “Conferência Internacional Brasil-Estados Unidos: um novo prisma nas relações de parceria e investimentos”, e visita fábrica da Embraer em Jacksonville, onde chegará embarcado em uma aeronave fabricada pela própria empresa.

“Jacksonville é um polo de desenvolvimento tecnológico muito grande e temos um nicho muito especifico, que é muito representativo para o Brasil, a fábrica da Embraer de super tucanos. O presidente terá a oportunidade de visitar a planta da Embraer e ver como hoje há uma interação muito grande no setor de alta tecnologia entre a indústria aeroespacial brasileira e também americana na produção desse jato super tucano”, afirmou o embaixador Mendes.

A viagem do presidente aos Estados Unidos poderá aproximar ainda os dois países, os maiores do continente americano. Ambos possuem economias dinâmicas e diversificadas e grande convergência de valores e interesses. Os Estados Unidos é o principal destino das exportações brasileiras de produtos manufaturados, além de ser um investidor tradicional no Brasil: empresas atuam no mercado brasileiro há mais de cem anos. (Com informações do Palácio do Planalto)

Reportar Erro