A casa vai cair

Juiz homologa delação de hacker que roubou mensagens de Moro e procuradores

Luiz Henrique Molição é cúmplice de "Vermelho", considerado mentor dos ataques

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Moro admitiu que apagou mensagens e escolheu quais informações do celular vai disponibilizar aos investigadores. Foto: Marcelo Camargo/ABr

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, homologou na noite de segunda-feira (1º) a delação premiada de Luiz Henrique Molição, 19, do grupo de hackers que invadiu r roubou mensagens de autoridades públicas no aplicativo Telegram, dentre elas o ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato.

Um dos presos na Operação Spoofing, da Polícia Federal, Molição é cúmplice de Walter Delgatti Neto, o Vermelho, mentor do esquema. Com a colaboração, ele deve deixar a prisão.

Molição teria armazenado parte das mensagens capturadas nas contas do aplicativo e feito contatos com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, que tem divulgado a mensagens roubadas

O Intercept iniciou em junho série de reportagens sobre diálogos de Moro e de integrantes da Lava Jato, os quais lançaram dúvidas sobre a imparcialidade do ex-juiz e dos procuradores.

Em depoimento prestado à PF em setembro, Molição declarou que Delgatti tentou vender as mensagens roubadas a Greenwald, que teria se recusado a pagar por elas. Mas as informações prometidas no acorde de delação são mantidas em sigilo.

O juiz da 10ª Vara fixou prazo de 15 dias, contados da última quinta-feira (28), para que a PF conclua o inquérito sobre o caso e o remeta ao Ministério Público Federal, que decidirá se denuncia ou não os envolvidos.

Segundo a revista Veja, em sua delação ele se comprometeu a identificar mais três pessoas que teriam participado dos ataques virtuais e prometeu entregar conversas privadas que estariam armazenadas em servidores fora do país e o celular que usava para vazar dados roubados.

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