'Genocídio'

Heleno lamenta ataque de Gilmar ao Exército e diz que às vezes o STF ‘pisa na bola’

Ministro do STF diz que o Exército "se associa ao genocídio" por comandar o MInistério da Saúde

acessibilidade:
General Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom.

O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional GSI), classifica como “muito infeliz” e “lamentável” a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes associando o Exército a um “genocídio”.

Ao se referir à interinidade de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, o ministro do Supremo falou também em “vazio” de comando.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o chefe do gabinete de Segurança Institucional afirmou que Gilmar Mendes parece desconhecer a atuação dos militares no combate à pandemia:

– “No meio militar a repercussão foi muito ruim. A declaração foi realmente muito infeliz. Será uma lástima se não se arrepender. Não tem genocídio acontecendo. Pra chegar a genocídio falta muito. A declaração foi lamentável”.

O general foi questionado se a declaração de Gilmar Mendes não seria uma estratégia do Supremo para se livrar de responsabilidade por ter excluído o governo federal da coordenação do combate à pandemia.

Essa tarefa acabou ficando nas mãos de Estados e municípios – uma decisão que para o general Augusto Heleno “não foi das mais sábias” e evidencia que a corte tem “pisado na bola”:

– “O presidente ficou totalmente cerceado na coordenação das ações do Ministério da Saúde. A decisão parece que não foi das mais sábias. É a maior corte do país, tem que ser respeitada, mas tem às vezes pisado na bola”.

Um dos nomes do Planalto mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, Augusto Heleno foi entrevistado com exclusividade por Claudio Humberto, Pedro Campos e Thays Freitas, no Jornal Gente, na Rádio Bandeirantes.

Reportar Erro